Prefeitura e Iphan desenvolvem projeto de valorização do Bumba-meu-boi nas escolas



Cerca de 400 estudantes da rede municipal de ensino e 20 professores vão desenvolver atividades de preservação do Bumba-meu-boi e de valorização do sotaque de costa de mão. Eles vão participar do projeto "O boi vai à escola", desenvolvido por intermédio de uma parceria entre a Prefeitura de São Luís e o Instituto do Patrimônio Histório e Artístico Nacional (Iphan). O projeto foi lançado nesta terça-feira (24) em reunião na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Honório Odorico Ferreira, no Tajipuru, zona rural de São Luís.

Participaram da reunião representantes do Iphan, da comunidade escolar e dos grupos de Boi de Costa de Mão Unidos da Vila Conceição e Bumba-meu-boi Sociedade de Cururupu. Para executar o projeto "O boi vai à escola" em São Luís, o Iphan contará com a parceria da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e da Fundação Municipal de Cultura (Func). A execução do projeto "O boi vai à escola" na rede de ensino da Prefeitura de São Luís está embasada na Lei nº 10.639/03, que dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileiras nos estabelecimentos de ensino Fundamental e Médio.

"Por meio deste projeto, nossas crianças e adolescentes incrementarão a sua formação escolar com aspectos da cultura. Também avançaremos no sentido de garantir a preservação de um patrimônio cultural brasileiro", disse o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho.
 
Projeto

Executado de forma piloto na escola da zona rural, o projeto atenderá aos educandos do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental da U.E.B. Honório Odorico Ferreira. A ideia é, nos anos seguintes, expandir a atuação para outras turmas, até alcançar todos os estudantes de Ensino Fundamental, bem como para outras unidades de ensino de São Luís. O projeto inclui atividades para os estudantes e formações continuadas para os professores, com palestras, vídeos e oficinas.

"Nosso objetivo é sensibilizar para a preservação do sotaque de costa de mão, utilizando a temática como fator de integração escola comunidade. Por meio desta iniciativa, os grupos também terão sua atuação difundida junto a crianças, jovens e adolescentes, que podem se sentir incentivados a participar dos grupos, perpetuando assim esse sotaque", explicou a técnica em Ciências Sociais da Superintendência do Iphan-MA, Isaurina Nunes.

Umbelindo dos Santos Pimenta, 70, cantador do Bumba-meu-boi Sociedade de Cururupu em Tajipuru há mais de 50 anos, elogiou a iniciativa. "Nós, que participamos de grupos de bumba-meu-boi do sotaque costa de mão, estamos agradecidos pelo projeto. Com ele, as crianças irão conhecer melhor a nossa cultura e passarão a valorizar mais. É muito bom poder participar desse projeto também mostrando e ensinando tudo o que fazemos há anos", disse.

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