UM BOM PREFEITO
Em 2020 a população irá escolher os prefeitos e prefeitas
em todos os 5.562 municípios do Brasil. Neste momento, os partidos políticos
estão escolhendo os possíveis candidatáveis, e eles ou elas estão se decidindo
também.
De um bom prefeito espera-se em primeiro lugar fidelidade ao seu povo. Essa fidelidade se expressa
principalmente no cumprimento do programa de governo – obras e ações com que
ele se comprometeu para sua cidade durante a campanha – ou, ao menos, no
cumprimento do programa de ação que explicitou nos diálogos que teve durante o
processo eleitoral.
Em segundo
lugar, de um bom prefeito se espera ter capacidade acumulada para dirigir o
município (experiência administrativa; liderança política; bom conhecimento dos
assuntos contemporâneos da cidade; equilíbrio no enfrentamento de conflitos e
crises; postura de diálogo aliada à capacidade de decisão no tempo oportuno; paciência
e disponibilidade para ouvir a população e os vereadores; tolerância quanto à
diversidade de estilo das pessoas com quem trabalha; disposição para ter
presença e vigilância contínuas no município; costume de trabalhar com
planejamento e em equipe; coragem de dizer não).
Em terceiro
lugar, de um bom prefeito se espera que tenha as qualidades necessárias para
uma vida política sadia (honestidade no exercício de cargo público;
transparência nas atividades públicas; separação completa entre os recursos públicos
e os interesses da família, dos amigos, de empresas, do partido).
Em quarto
lugar, de um bom prefeito se espera que seja competente na arrecadação de
recursos para dar conta das demandas populares, que são muito fortes sobre ele,
uma vez que o poder municipal, prefeito e vereadores, é aquele que, em todo o
mundo, está mais próximo do contato direto com o povo.
O poder municipal no Brasil cuida da educação infantil e
cuida bastante da saúde do povo. Juntas, as obrigações de educação e saúde
podem ultrapassar a metade dos gastos municipais. Acrescentem-se às tarefas do
poder municipal a conservação e investimento na infraestrutura viária e em
todos os aspectos físicos da cidade, o cuidado com o trânsito, com a limpeza
urbana, com a iluminação pública, com assistência social, com habitação
popular, com a promoção do desenvolvimento econômico, do emprego e renda, com o
esporte, com a cultura, com o lazer, com os serviços funerários e com novas
tarefas que os municípios vieram assumindo em todas as áreas, inclusive na
segurança pública.
Os municípios estão mais fortes para assumir um papel de
protagonismo no novo ciclo de desenvolvimento nacional que ora vivemos. É
fundamental que os prefeitos saibam aproveitar este momento conjuntural
favorável. Ao mesmo tempo, precisam estar à altura dos novos desafios criados
com um ritmo de crescimento prolongado, de geração de empregos, de redução da
pobreza, de explosão do consumo, de ampliação do crédito, da receita e da
possibilidade de financiamento público.
O que se espera de um bom prefeito ou de uma boa prefeita
é que esteja à altura deste tempo atual, impulsionando políticas de democracia
participativa e de inclusão social em seu município e tendo abertura ao novo
cenário das relações internacionais das cidades, sem deixar de ter as
qualidades permanentes e essenciais de um administrador público que está lá
para servir ao bem comum.
Com informações do blog
Diplomatique.
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